Pilates para os Profissionais da Educação
De acordo com levantamento publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia, dores musculares em membros superiores e inferiores em profissionais da área da educação são comuns e estão relacionadas à esforços físicos e tempo de trabalho.
Às LER (lesões por esforços repetitivos) e DORT (distúrbios osteomoleculares relacionados ao trabalho), ligados aos problemas de postura, estresse e trabalho excessivo, podem ser caracterizados por: tendinite, bursite e outras doenças do gênero.
O trabalho por tempo prolongado, em pé, gera sobrecarga na coluna e fadiga na musculatura. Mesmo sentado em seu escritório/sala para preparar as aulas, o uso inadequado do computador na escola (falta de apoio para os punhos, monitor fora do nível dos olhos, cadeira sem regulagem de altura, etc.), pode causar problemas de natureza ergonômica.
O trabalho do professor também é caracterizado pelo hábito de escrever no quadro em ângulo superior a 90 graus, pela correção de centenas de provas e trabalhos escolares. Contudo não é raro vê-los pelos corredores, carregado de livros e papéis.
O Pilates tem sido procurado por muitos profissionais desta área para a manutenção da boa postura e prevenção de lesões, em busca de um corpo saudável e mais resistente.
A incorporação do método nos exercícios de solo e aparelhos permiti que o praticante desenvolva um padrão postural melhor, aumente a flexibilidade e força de forma global, potencializando a coordenação motora e consciência corporal.
Para os profissionais da educação, é preciso enfatizar os grupos musculares estabilizadores da coluna, cintura escapular, membros superiores e membros inferiores, já que durante as aulas, são realizados movimentos dinâmicos e de grande amplitude. A respiração, a concentração e a fluidez de movimentos são princípios do método que permitem a conexão entre a mente e o corpo, dissipando tensões e stress. O que proporciona mais disposição e um melhor desempenho para o dia-a-dia.
Para isso o Pilates vem trazer alívio para esses profissionais. Baseado nos seus princípios, o metódo equilibra a saúde dos professores através do alongamento, respiração, equilíbrio, força muscular e flexibilidade. O Pilates não busca apenas aliviar a dor de forma imediata, mas sim restabelecer o equilíbrio corporal.
Fonte: Clube do Pilates
Pilates ajuda a melhorar o desempenho sexual
Atração física, bom relacionamento e intimidade com o parceiro tornam o sexo uma atividade cheia de prazer e sem grandes problemas. Mas nem sempre são garantia de um bom desempenho na cama. Bom preparo e condicionamento físico são capazes de verdadeiros milagres, pois é durante o sexo que gastamos muita energia, na hora “H”, por exemplo, o orgasmo pode ser responsável pelo gasto de 90 calorias!
“Os exercícios físicos contribuem sim para a qualidade sexual”, afirma personal trainer Valéria Aprobato.
Os aeróbios, por exemplo, melhoram a condição cardiorrespiratória do indivíduo. Isso acontecendo, o desempenho obviamente vai melhorar, pois não vai haver tanto cansaço físico e o ato sexual poderá ser mais prolongado. Assim, as atenções não estarão voltadas para a ‘falta de fôlego’, mas para curtir o momento, aponta a personal trainer Valéria Aprobato.
Conforme a personal trainer, vários músculos são trabalhados durante o ato sexual, principalmente aqueles dos membros inferiores, onde estão envolvidos o quadríceps, posteriores das coxas, adutores (parte interna da coxa), abdutores (região exterior da coxa e dos glúteos), os glúteos e os gastrocnêmios (batata da perna).
Para as mulheres, em especial, a região do assoalho pélvico, que começa no osso acima do clitóris e chega ao final da coluna vertebral, logo acima do ânus, também permanece em constante atividade durante o sexo. Por esta razão é que ela deve ser exercitada, assim a circulação sanguínea aumenta e você consegue permanecer nas posições sexuais por mais tempo, além de atingir orgasmos mais intensos.
Valéria e a fisioterapeuta Daisy Chaves acreditam que o método Pilates é um dos mais indicados para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico.
A fisioterapeuta explica que exercícios feitos através de contração e relaxamento da musculatura do períneo e do pubo-coccígeo (fortalecimento da região interna da coxa e glúteos), melhora a mobilidade e flexibilidade dos quadris. “Como um dos enfoques do método é o trabalho de flexibilização, força e melhora da percepção corporal, consegue-se uma boa execução dos movimentos sexuais de uma forma geral”, acrescenta.
Para o fortalecimento do assoalho, Daisy utiliza o “Hip Twist”. “Ele promove a mobilização da articulação coxo femural e da pelve. Deve ser realizado com o praticante sentado, apoiado com os membros superiores para trás e os membros inferiores elevados realizando círculos da direita para a esquerda e vice-versa. Durante os círculos, os membros inferiores sobem e descem juntos. Quando se realiza o círculo subindo, deve-se expirar, e quando desce, deve-se inspirar o ar. Originalmente o exercício é prescrito com 3 movimentos para cada lado”, explica.
Exercícios com bola também são importantes para a região. Conforme a fisioterapeuta, em um deles, o praticante apoia os membros inferiores (um pouco abaixo dos joelhos) na bola e os membros superiores no chão com as mãos afastadas na direção dos ombros. “Ele inspira nesta posição e expira elevando a pelve e ficando na forma de um triângulo. A bola irá se deslocar pelos membros inferiores até os pés”.
O Pilates também fortalece o abdome, região que é bastante exigida na própria relação sexual. “Um dos exercícios que usamos no abdome é o hundred (quando há a elevação da cervical, extensão de quadris e joelhos e os braços se movimentam para cima e para baixo). Já no aparelho reformer pode ser feita a flexão do tronco, com a flexão de ombro e extensão do quadril e joelhos”, explica.
Também durante o Pilates que aprendermos a respirar de forma correta. Com isso, sangue e músculos recebem mais oxigênio e ajudam homens com problemas de ereção. A respiração certa também dá mais capacidade pulmonar, ou seja, mais concentração e disposição durante o ato sexual.
Segundo a fisioterapeuta após 10 aulas, em média, os alunos já conseguem sentir uma melhora durante o sexo e outras atividades. A evolução e resultados dos exercícios depende muito de cada pessoa “do desenvolvimento da consciência corporal e da contrologia dos movimentos”, completa.
Fonte: Terra
Revista Isto É - A força do Pilates
O método começa a ser indicado por médicos e ganha espaço dentro dos hospitais para auxiliar na recuperação de males como dor, câncer e doenças neurológicas
No mundo do fitness, a explosão de novas modalidades é uma constante. Mas, normalmente, com a mesma velocidade com que surgem, elas desaparecem após poucos meses. Quando resistem, tornam-se aqueles fenômenos que mudam a história da malhação e a maneira como enxergamos a atividade física. Foi assim com o surgimento da aeróbica, com a expansão da musculação e assim está sendo com o Pilates. Criado pelo alemão Joseph Pilates durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o método rapidamente caiu no gosto dos bailarinos, que o usavam como complemento ao treino. Mas foi só a partir da década de 90 que se popularizou, atraindo milhares de adeptos em todo o mundo e tornando-se a maior revolução do fitness dos últimos anos. Só nos Estados Unidos, primeiro país a receber um estúdio com aulas da modalidade (ministradas pelo próprio Pilates em Nova York), estima-se que cerca de dez milhões de pessoas o pratiquem. No Brasil, não há dados precisos, mas o crescimento pode ser observado pela grande quantidade de estúdios e de pessoas que se confessam fãs do Pilates. “A rápida percepção dos resultados incentiva cada vez mais gente a aderir à técnica”, analisa a fisioterapeuta Solaine Perini, presidente da Associação Brasileira de Pilates. “Isso faz dele o método de condicionamento físico que mais ganha adeptos no mundo.”
As razões para se buscar o Pilates são as mais variadas. Há desde os desejosos de esculpir o corpo (inspirados por celebridades como a cantora Madonna, que credita parte de sua boa forma à técnica) até os interessados em exercícios capazes de ajudar na prevenção ou na recuperação de problemas como dores e lesões. Como anseios tão diferentes cabem dentro de um mesmo método? “Pilates se preocupou em criar uma técnica que trabalha a saúde como um todo”, considera Inelia Garcia, uma das primeiras instrutoras do método no Brasil e hoje dona de um império com mais de 47 estúdios e dez mil alunos espalhados por todo o País. “O corpo torna-se mais forte, flexível e resistente”, diz. “Na parte mental, os exercícios melhoram a concentração e a memória. E o trabalho com a respiração ajuda no controle das emoções”, completa.
A abrangência das lições deixadas por Pilates chama mesmo a atenção. Vem de uma preocupação constante que guiou o seu trabalho: imprimir ciência à técnica. Toda a metodologia de Pilates parte do conceito de “centro de força” (ou power house). O termo, por ele criado, define a região central do corpo humano. “São os músculos da coluna, do quadril, das coxas e do entorno do abdome”, diz Aline Haas, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e instrutora certificada pela Pilates Method Alliance, dos Estados Unidos. “Eles são os flexores e extensores da coluna e do quadril e estão na musculatura profunda da pelve.” De acordo com os princípios preconizados por Pilates, fortalecer essa região é a melhor maneira de garantir uma boa sustentação para o corpo humano.
RECEITA
Lech é um dos médicos que indicam a prática aos pacientes
Ao compreender o trabalho muscular realizado durante os movimentos, Pilates criou exercícios e aparelhos capazes de estimular os músculos, inclusive os mais profundos e em geral pouco acionados no cotidiano. Os resultados são tão impressionantes que têm ocupado o tempo dos cientistas. Parte deles está especialmente interessada em levantar mais do que transformações corporais que o método pode proporcionar. Querem conhecer as suas possíveis indicações terapêuticas.
E o que se descobriu até agora é alentador. Um exemplo: trabalhos demonstram que a técnica pode ser eficaz para a redução das dores, com efeitos animadores em casos de dor lombar e de fibromialgia (dor crônica sem origem aparente, mais comum em mulheres, e sentida em vários pontos do corpo). Um dos estudos pioneiros foi feito no Departamento de Medicina do Esporte e Reabilitação do Instituto Ortopédico Gaetano Pini, na Itália. Os pesquisadores recrutaram 43 pacientes com dor lombar. Parte deles fez Pilates, enquanto os demais foram submetidos ao tratamento da Escola da Coluna (método fisioterapêutico criado na década de 60). Ao fim de dez dias, quem praticou Pilates teve ganhos similares aos da fisioterapia tradicional, mas com uma vantagem: estava muito mais contente. Entre os que tiveram aula de Pilates, 61% declararam-se muito satisfeitos com a terapia, contra 4,5% entre os que foram submetidos à outra técnica.
RECURSO
Simone, do hospital Albert Einstein (SP),
usa a técnica na reabilitação de lesões
Corrobora com o trabalho italiano a revisão proposta pelo fisioterapeuta Edward Lim, do Hospital Geral de Cingapura – a primeira sobre o tema. Lim reuniu sete pesquisas de diversas partes do mundo. Todas sobre o efeito do Pilates em pacientes com dores na parte inferior da coluna. A conclusão: o método é realmente válido para tratar o problema. “Mas os exercícios precisam ser estruturados para atender aos variados quadros clínicos dos pacientes”, disse Lim à ISTOÉ.
Como o que ocorre com a dor lombar, o uso da técnica para casos de fibromialgia também vem ganhando respaldo científico. Em especial após a divulgação dos primeiros resultados de uma pesquisa realizada na Universidade de Uludag, na Turquia. A equipe acompanhou 50 voluntárias durante 12 semanas. Divididas em dois grupos, metade das mulheres frequentou aulas de Pilates e as demais foram orientadas a praticar exercícios de relaxamento e alongamento em casa. Enquanto o primeiro grupo relatou melhoras significativas na dor, o segundo teve alterações positivas bem pequenas.
CLÍNICA
No Hospital Brasil (SP), a fisioterapeuta Marta atende pacientes indicados por médicos
As comprovações têm encorajado médicos a indicar a técnica a seus pacientes. “É um recurso muito útil, em especial nos casos de dor nas costas sem causa específica”, afirma o traumatologista e ortopedista Alberto Mendes, de São Paulo. “Além do alongamento e do equilíbrio postural, o Pilates faz um trabalho de fortalecimento muscular muito positivo, pois ajuda na sustentação da coluna”, diz o médico. O reconhecimento da importância do método também pode ser medido por sua incorporação pela fisioterapia. “Temos uma resolução que ampara o fisioterapeuta no uso do Pilates como recurso terapêutico”, diz Wiron Correia Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Fisioterapia.
A chave para entender esses benefícios está em um dos fundamentos preconizados pelo alemão Pilates: o equilíbrio. “Quando as cadeias musculares estão em equilíbrio, há redução da dor”, explica Osvandré Lech, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia, que também indica o método. Pessoas em busca de redução da dor já formam um grupo comum nos estúdios. “Em 80% dos casos, nossos alunos vêm com esse objetivo”, conta Juliana Takiishi, coordenadora de Pilates do Centro de Bem-Estar Levitas, em São Paulo. Parte deles chega às aulas por conta própria. A outra, por recomendação médica.
O fluxo de pacientes dos consultórios para os estúdios tem inspirado outra tendência: a oferta de Pilates dentro dos próprios hospitais. Na Clínica Mayo, centro de referência médica mundial, localizada nos Estados Unidos, o interesse nos benefícios que a técnica pode oferecer a pessoas doentes é tão grande que a instituição está realizando uma pesquisa para delinear melhor os ganhos obtidos. “Há um grande número de pessoas que tiveram câncer aderindo ao método”, informa a médica Daniela Stan, da instituição americana. A pesquisadora está concluindo um estudo com 15 mulheres, previsto para ser publicado no início de 2012. Durante três meses, as voluntárias participaram de aulas na instituição sob os olhos atentos de Daniela. “Há melhoria dos movimentos no lado do corpo afetado pela doença, assim como maior flexibilidade”, disse à ISTOÉ. “Também notamos melhora no humor e na satisfação com o corpo.”
Outra instituição a oferecer aulas é o prestigiado M. D. Anderson Cancer Center, também nos Estados Unidos. Por lá, pacientes que têm ou tiveram tumor de mama podem usufruir de uma aula por semana, indicada para ajudar no controle dos sintomas, como dor e fadiga. Na Suny Upstate Medical University, em Siracusa (EUA), as indicações são mais amplas. “Usamos para ajudar na reabilitação de pessoas com problemas músculo-esqueléticos”, contou à ISTOÉ Karen Kemmis, fisiologista do exercício e responsável pelo serviço. “Se alguém, por exemplo, sofre com dor no ombro e minha avaliação mostra que essa pessoa não tem um bom controle do movimento nessa região, usamos o Pilates para melhorar os padrões de movimento, prevenindo a ocorrência de mais prejuízos na área”, explicou.
No centro americano, o método é utilizado ainda para auxiliar na reabilitação de portadores de doenças neurológicas. “Entre eles estão indivíduos com doença de Parkinson e que sofreram acidente vascular cerebral”, contou Karen. Nesses casos, além de contribuir para a melhora de movimentos prejudicados, estimula a habilidade de concentração.
A tendência de implementar estúdios em hospitais já começa a ser vista também por aqui. Exemplos são os hospitais Brasil, Integrante da Rede D’Or, e Albert Einstein, ambos em São Paulo. “Usamos como continuidade do tratamento ortopédico em pacientes que tiveram alta”, explica a fisioterapeuta Simone Przewalla, do Albert Einstein.
A instituição atende em média 20 pessoas por mês. “É uma atividade segura, que preserva bastante as articulações”, acrescenta Simone. A equipe responsável pelas aulas é formada apenas por fisioterapeutas. E o cuidado é intenso. “O médico nos manda uma carta dizendo o que o paciente tem, o que ele não pode fazer e quais objetivos devem ser atingidos”, diz a fisioterapeuta Marta Cordeiro Pereira, do Hospital Brasil. No Rio de Janeiro, a técnica está na lista das atividades sugeridas pela Clínica Cardiomex, coordenada por médicos especializados em medicina do esporte e cardiologia. “Entre outros benefícios, o Pilates reduz o estresse”, diz a cardiologista Isa Bragança.
Mas não só o uso clínico do método tem merecido atenção dos cientistas. Responder a perguntas ainda não esclarecidas na área do fitness também é objeto frequente das pesquisas. Quem busca o Pilates apenas como uma forma de malhação vê na prática um modo de ganhar força e flexibilidade. E, claro, melhorar a definição da área abdominal. Mas será que isso pode mesmo ser atingido? De acordo com os pesquisadores que têm se dedicado a estudar a prática, sim. E a boa notícia é que os resultados aparecem pouco depois das primeiras aulas. Foi a conclusão à qual chegaram pesquisadores do Centro de Saúde da Turquia. Ao acompanhar um grupo de 38 mulheres sedentárias, eles perceberam que cinco semanas após o início das aulas o corpo já respondia aos estímulos dados pelos exercícios. Nas 21 voluntárias submetidas à técnica houve aumento da força nos músculos abdominais e melhora na flexibilidade. Pesquisa semelhante realizada na Universidade do Estado do Colorado (EUA) constatou esses mesmos ganhos entre voluntários de meia-idade. “E os benefícios foram percebidos com a prática de exercícios de intensidade relativamente baixa, que podem ser realizados sem aparelhos”, anotou no estudo June Kloubec, coordenadora do trabalho.
Mas há o outro lado da moeda. Após testes realizados para o Colégio Americano de Medicina do Esporte pela pesquisadora Michele Olson, da Universidade de Auburn, no Alabama (EUA), acendeu-se o alerta vermelho para a crença de que o Pilates pode ser usado como método de emagrecimento por si só. O que Michele constatou foi que a queima calórica das aulas da modalidade é baixa. No nível básico, uma hora de Pilates equivale a menos de 200 calorias. “Pilates é um treino de força e resistência”, disse Michele à ISTOÉ. “Se a pessoa quer queimar calorias, o melhor é praticar corrida ou spinning”, acrescentou. Isso não significa dizer, porém, que é preciso trocar o estúdio pelo tênis. O Pilates pode ajudar a emagrecer. “Ao começar a praticar, o aluno percebe mudanças positivas no corpo, como força, alinhamento postural, menos dores”, diz a fisioterapeuta Kátia Pinho, do Studio Airmid, de São Paulo. “Sua autoestima aumenta muito, o que é fundamental para iniciar um programa de emagrecimento.”
Além disso, ele contribui para manter o peso. O trabalho muscular aumenta a massa magra no corpo que, por sua vez, potencializa o consumo calórico do organismo. Na prática, quer dizer que ganhar músculos (e para isso o Pilates é muito válido) aumenta a quantidade de calorias consumidas pelo corpo para manter-se, pois as células musculares gastam mais energia para funcionar do que as células de gordura. Mais uma das qualidades do Pilates.
Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/164519_A+FORCA+DO+PILATES
Homens vencem o preconceito e aderem ao pilates
Prática garante força, flexibilidade, equilíbrio e até melhora da performance sexual
Numa rua da Vila Olímpia, executivos engravatados caminham a passos largos carregando mochilas. O destino é um endereço discreto na cobertura de um condomínio comercial. Diferente do que se possa imaginar, eles não estão atrasados para os compromissos de trabalho, indo para a malhação em uma academia ou buscando relaxar após o expediente. Lá funciona a sede de uma rede de academias de pilates - atividade criada há 80 anos pelo alemão Joseph Pilates a partir de fundamentos do yoga, zen e técnicas gregas e romanas. Apesar de ter sido adotada primeiro pelas mulheres, a prática tem se popularizado entre os homens nos últimos anos.
“Os homens adoram pilates e o mercado tem crescido bastante”, conta Tim Fleisher, professor americano do Pilates StudioFit e instrutor internacional da Stott Pilates, centro reconhecido mundialmente. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a maior parte dos times de esportes profissionais tem estúdios especializados dentro de suas dependências”, diz. Praticado tanto com a ajuda de aparelhos (cadillac, chair, reformer e barril), como no solo com a ajuda de acessórios (mat), o pilates fortalece os músculos abdominais mais profundos, chamados de "core" pelos praticantes.
Algumas histórias demonstram que não é preciso ser atleta profissional para aderir ao pilates. Marcelo Tavano, 35, foi praticante de artes marciais na adolescência e voltou a ter uma atividade física regular há dois anos. “Comecei a caminhar, depois a correr, e senti a necessidade de fortalecer a parte muscular.” Hoje, Tavano faz atividades físicas seis vezes por semana. “[A ideia de] ficar parado numa sala nunca me estimulou a fazer musculação. Conversando com amigos, soube que pilates poderia ser mais indicado.” Aluno do Pilates Studio Fit há 10 meses, ele viu os resultados surgirem em pouco tempo e de forma equilibrada. “Depois de dois a três meses tive um desenvolvimento muscular harmônico”, conta o publicitário
O advogado Gustavo Junqueira, 25, aluno da Metacorpus, na região da Avenida Paulista, joga futebol de três a quatro vezes por semana e também nunca gostou de academia. Ele destaca o desenvolvimento muscular balanceado como uma das vantagens do pilates. Praticante há quatro meses, ele já nota melhoras consideráveis em seu condicionamento físico. “Melhorou minha resistência, flexibilidade e postura”, diz.
A prática também ajuda a prevenir lesões. Com a musculatura da barriga e abdômen mais alongadas, é possível melhorar o controle do corpo. “Isso é o pilates: focar no fortalecimento das extremidades e fortalecer o core”, conta Fleisher. O também publicitário Douglas Barbosa viveu “na gandaia” até os 37 anos. Nos últimos 25 anos, porém, ele pratica exercícios físicos regularmente. Mas o pilates só entrou em sua vida há quatro anos devido a um problema de saúde. “Meu médico recomendou uma atividade mais tranqüila.” Segundo Barbosa, a perda de um pouco da capacidade aeróbica foi compensada por melhoras no equilíbrio, força e bons resultados cardiorrespiratórios. “Me sinto melhor aos 61, do que aos 57”, diz.
Segundo a instrutora Tatiana Kasahara, sócia do Metacorpus Studio Pilates, a maior parte de seus clientes homens descobriu o pilates ao acompanhar as esposas ou por indicação médica. Ela diz que as principais vantagens são a redução de dores, o fortalecimento estético, a liberação de endorfinas - "comum a todas as atividades físicas" - e até a melhora no sexo. O que Tim Fleisher confirma: “A razão para isso é que nós damos ênfase a um encaixe apropriado da musculatura pélvica. O controle dessa área pode levar a um aumento do prazer sexual.”
Fonte: http://revistaepocasp.globo.com
Porque parou?
Sempre há uma desculpa para interromper um treinamento ou para parar de frequentar a academia. Muitas pessoas começam a fazer atividades físicas periódicas, aumentam a intensidade dos exercícios e acabam deixando a prática de lado. Mas essa atitude pode trazer alguns prejuízos bastante sérios ao corpo.
De acordo com o personal trainer Márcio Soares, tudo o que foi conquistado durante o período de prática dos exercícios físicos pode ir por água abaixo em pouco tempo. Todos os ganhos conquistados em três meses de atividades, por exemplo, podem ser perdidos em cerca de um mês.
- Ao se interromper um programa de treinamento ou a prática regular de exercícios, o organismo perde as adaptações fisiológicas adquiridas. O exercício físico deve ser frequente, regular e contínuo para que possamos manter as adaptações e benefícios - alerta Márcio.
Segundo ele, quando uma pessoa para de treinar, os sistemas corporais se reajustam de acordo com a diminuição do estímulo. O condicionamento cardiorrespiratório é reversível assim como qualquer tipo de treinamento físico, ou seja, os efeitos benéficos do treinamento não são cumulativos.
- Porque você precisa ter fôlego para subir cinco andares se você só sobe um? Por isso, há uma adaptação devido ao uso ou o desuso.
Para quem está do olho na balança, o risco está em recuperar todo o peso perdido. Com a diminuição do gasto calórico - promovido antes pela atividade física - a dieta também precisa ser adaptada para ingestão de menos calorias.
Algumas pessoas interrompem o treinamento em decorrência de uma lesão. Nestes casos, Márcio recomenda que se busque outras alternativas de exercícios, adaptadas a nova realidade física.
- Se a pessoa sofreu uma lesão no joelho, ela pode procurar uma atividade como a natação, onde podemos com a ajuda de flutuadores, utilizar somente a parte superior do corpo, - exemplifica o professor.
Como você sai perdendo:
:: redução da força e massa muscular adquirida durante a evolução dos treinos;
:: ganho de peso pela diminuição do gasto calórico. Readapte a dieta em caso de interrupção;
:: os efeitos do condicionamento não são cumulativos, portanto, seu rendimento físico deve reduzir;
:: quanto mais alto for o grau de condicionamento, maior é a perda.